De 23 a 31 de outubro, 27 espetáculos são apresentados em teatros da cidade e locais como a Praça do Morro da Conceição
O 18º
Festival Internacional de Dança do Recife (FIDR) começa com uma apresentação da
Focus Cia. de Dança (RJ) na Praça do Morro da Conceição, quarta-feira (23/10),
às 20h. O grupo mostra o espetáculo 3 pontos, inspirado nas músicas da banda
Nirvana (em versões para quarteto de cordas). A programação completa do evento
foi anunciada pela Prefeitura do Recife (PCR) nesta quinta-feira (17/10).
O FIDR
terá outras apresentações descentralizadas e com entrada gratuita como a
da Focus Cia. de Dança, além de atrações nos teatros de Santa Isabel, Hermilo
Borba Filho, Luiz Mendonça, Barreto Júnior e Apolo (para os teatros, os
ingressos custam R$ 10 e R$ 5). A programação tem 27 espetáculos e três deles
serão apresentados com intérpretes de libras e áudio-descrição: Sobre todas as
coisas, do Grupo Gira Dança; No singular, da Quasar Cia. de Dança; e Adoniran,
do Ballet Stagium.
Confira a
programação completa do 18º FIDR:
MORRO DA
CONCEIÇÃO
23/10
(quarta-feira)20h - Focus Cia. de Dança (RJ) - 3 pontosEssa coreografia é
embalada por músicas do conjunto americano Nirvana. O trabalho se totaliza em
quatro canções, que vai de Smells like teen spirit a Come as you are, todas com
uma versão feita para quarteto de cordas. A cia. usa do ritmo tão proveniente
dessa banda, para usufruir de humor e energia em sua movimentação.
25/10
(sexta-feira)20h - Focus Cia. de Dança (RJ) - As canções que você dançou para
mim
Quatro
casais são embalados por um grande "pot-pourri" com 72 canções
interpretadas pelo grande cantor e compositor Roberto Carlos. Músicas que
marcaram épocas e que já se tornaram clássicos da MPB aparecem agora como mote
principal para mais uma produção da Focus. O trabalho revisita seus grandes
sucessos como: Detalhes, Outra vez, Desabafo, Cama e mesa, O calhambeque, entre
outros eternos clássicos que compõem essa trilha que passa pelas décadas de 60
a 90.
26/10
(sábado)20h - Domínio público (SP) - Posso dançar para você?
Na
paisagem dos centros urbanos, repleta de informação, andamos como passageiros
do nosso próprio corpo, que passa, cruza, atravessa, mas pouco troca, afeta ou
absorve. O que deixamos de nós e o que levamos conosco pelo caminho? Qual o
espaço do toque, do afeto e da delicadeza nos dias de hoje? É preciso
(re)descobri-lo todos os dias e é para isso que a Cia. Domínio Público vai para
as ruas, e pergunta: "Posso dançar pra você?". O espetáculo é uma
intervenção idealizada para espaços de grande fluxo urbano, onde pede permissão
para o transeunte para interagir com o seu espaço.
IBURA
27/10
(domingo)14h - Animatroonicz e Polo Hip Hop - Espetáculo Fusion e Festival de
Dança de Rua Ginga B.Boys e B.Girls
Fusion:
Três ciborgues conseguem através das danças urbanas mostrar que podem parecer
humanos. Com movimentos e animação eles querem provar que com a dança, todos
são iguais. Não importando se é um robô, humano ou meio humano e meio robô.
Eles provam que na dança a linguagem é uma só. E nesta fusão de movimentos
nasce a coreografia Fusion.
30/10
(quarta-feira)20h - Ballet Stagium (SP) - Adoniran
No
centenário de nascimento de Adoniran Barbosa, o Ballet Stagium dança o poeta
paulista que, por sua obra musical, retrata a cidade de São Paulo mediante um
dos fundamentos de sua formação como cidade moderna: o amálgama entre culturas.
Adoniran é criação desta trajetória, fundamental para a arte de um país plural,
onde muitos sotaques e pronúncias, também pronunciados através da dança, devem
ser conjugados sem cessar.
ESTAÇÃO
CENTRAL DO RECIFE (metrô)
29/10
(terça-feira)10h - Coletivo Elástica (SP) - Membranas I peel it off
A apresentação
investiga as interações entre o corpo, as artes visuais e a arquitetura. Uma
pesquisa sobre as fronteiras do corpo, as diferentes noções de interior e
exterior e a ideia de camuflagem, a partir da exploração de membranas criadas
pelo Coletivo com o material o adesivo vinílico. A partir das ações de colar,
descolar, esgarçar, sobrepor, cobrir, rasgar, o corpo e o material adesivo se
relacionam com o ambiente de intervenção. Corpo e vinil atuam como performers
na medida em que lidam com suas características, como resistência, textura,
elasticidade.
TEATRO DE
SANTA ISABEL
24/10
(quinta-feira)20h - Mimulus (MG) - Por um fio
A
companhia transpõe o fascínio pelos bordados, escritos, amontoados de Arthur
Bispo do Rosário para o emaranhado de braços e corpos que bordam coreografias.
Emaranhado de fios elétricos, filamentos das lâmpadas incandescentes que se
confundem com os fios condutores das coreografias e com a sucata do trabalho
dos bailarinos, que lhes servem de matéria prima para a composição da obra.
25/10
(sexta-feira)20h - Mimulus (MG) - Entre
O
espetáculo reflete alguns dos significados que essa palavra possa sugerir, seja
por denotar um território fronteiriço ocupado pela Mimulus Cia. de Dança e que
tem propiciado grande estímulo às suas inovações, seja como um convite para
estreitar relações. Portanto, atravessa as questões da identidade e do
encontro. Nas coreografias, a perspectiva do encontro é traduzida por uma
presença maior de dois. Quanto à identidade, a Cia. procura-se em lugares de
criação, entre a dança de salão e a dança contemporânea.
26/10
(sábado)20h - Focus Cia. de Dança (RJ) - 3 pontos
28/10
(segunda-feira)29/10 (terça-feira)20h - Quasar Cia. de Dança - No singularO 23º
trabalho da companhia goiana propõe um diálogo sobre o excesso e a velocidade
de informações do mundo contemporâneo. O espetáculo reflete interações humanas
em um mundo cada vez mais veloz, principalmente no que diz respeito à
informação. Quadros rápidos voltam a ser usados no trabalho do coreógrafo Henrique
Rodovalho.
31/10
(quinta-feira)20h - Ballet Stagium (SP) - AdoniranTEATRO BARRETO JÚNIOR
25/10
(sexta-feira)20h - Mudanzas Escénicas Clap! (ARG) - Sete vidas mas
Sinopse:
Um relato absurdo sobre uma "microempreendedora microempreendendo um novo
microempreendimento". Quando as ideias voam, quando franzimos a testa, a
garganta fica com areia, quando se murcha o coração, quando se fecha a boca do
estômago, quando ficamos sem energia vital, quando perdemos nossa raiz. Sete
vidas mais ainda ficam. A obra é composta de sete cenas de um corpo absurdo,
sete cenas de uma super-heroína subdesenvolvida. A obra destaca o absurdo das
situações cotidianas a partir da música e dança para rir de si mesma, expondo a
vulnerabilidade, sensibilidade, ternura e fantasia, como ingredientes
inevitáveis do ser humano.
26/10
(sábado)20h - Vias da Dança - Entre nós
A
coreografia de Ivaldo Mendonça reúne um conjunto coeso de emoções e movimentos
que chegamos a pensar em uma música do corpo. No mesmo espaço, a expressão
corpórea transmuda a música de sua dança para algo mais amplo, uma terceira
arte, e por isso aberta a infinitas definições.
27/10
(domingo)19h - MASSA Grupo de Teatro (RJ) - Capivara na luz trava
Capivara
na luz trava recria na dramaturgia dos movimentos os corpos dos animais e do
homem primitivo como base de interpretação. Utilizando-se da linguagem do
teatro-dança, o espetáculo leva ao palco a história de uma família que, em
situação extrema de sobrevivência, vê de perto a finitude de sua existência. O
espetáculo se baseia na potência expressiva do corpo humano, da questão do
instinto básico de preservação da espécie, impulsionada pelo desejo (pulsão,
vida, início) e pelo medo (morte, perda, fim).
29/10
(terça-feira)20h - Emcartaz Empreendimentos Culturais (RJ) - Umbigar
O
espetáculo Umbigar aborda, através das danças de umbigada, o contexto do
universo feminino, com o nascimento, a procriação, a sedução e a leveza,
explorando com densidade e beleza as facetas da condição feminina, misturando
elementos da cultura popular brasileira a questões contemporâneas. Inspirado
nas pulsações das danças de umbigada afro-brasileiras (jongo, coco, samba de
roda, lundu e tambor de crioula), o espetáculo revela o universo feminino a
partir da gestualidade que vem dos movimentos do umbigo, fazendo menção aos
ciclos de vida e morte.
30/10
(quarta-feira)19h - Movasse (MG) - Nowhereland (Agora estamos aqui)
O Movasse
foi buscar na obra cinematográfica de Tim Burton inspiração para criação
coreográfica de um espetáculo de dança. As obras do diretor são marcadas por
uma recriação fantástica do real, sempre com um tom de comédia e resvalando em
toques de humor macabro. A tênue linha que separa o real do imaginário foi o
ponto de partida para desvendar o tema.TEATRO HERMILO BORBA FILHO
24/10
(quinta-feira)19h - Helder Vasconcelos - Foco (mostra de processo de criação)
Sinopse:
Neste processo, Helder Vasconcelos desenvolvendo junto com Filipe Calegário e
João Tragtenberg, do grupo Mustic, ligado ao Centro de Informática da
Universidade Federal de Pernambuco, instrumentos digitais que potencializam
esse fazer, que ao mesmo tempo produz som e gesto, música e dança.
26/10
(sábado)19h - Ester Weitzman (RJ) - Jogos de damas
Em Jogo
de damas a coreógrafa Esther Weitzman investe na experiência dançante como
elemento constitutivo da fatura coreográfica. A escolha pela convivência em
cena de variadas faixas etárias é chave do sentido dançado do espetáculo. Se a
coreografia é uma cena é porque a dança tornou-se jogo, a ponto de extrair
expressividade da vivência do movimento.
27/10
(domingo)20h - Coletivo Lugar Comum - Leve
O
espetáculo Leve transporta para a cena as sensações, os sentimentos e os
questionamentos do ser humano diante das perdas. As variadas perspectivas de
encarar aquilo que se vai serviram de suporte para a criação do espetáculo,
abarcando a complexidade e Intensidade do tema proposto.
28/10
(segunda-feira)19h - Compassos Cia de Danças - Sobre um paroquiano
Sobre um
paroquiano explora os conflitos de uma família pequeno-burguesa decadente. O
enredo se desenvolve em torno de um universo onde as relações constantemente
marcadas por desentendimentos têm no diálogo com o princípio, e o fim de suas
histórias. A movimentação é resultado das observações de gestos banais e ações
corriqueiras, recheadas de memórias familiares, transformando comportamentos
habituais em poesia dançada.
29/10
(terça-feira)19h - Movasse (MG) - Playlist
Playlist
é uma obra de improvisação interativa. São 45 minutos cênicos completamente
improvisados baseados em elementos definidos pelo público, previamente, antes
de cada apresentação. A imprevisibilidade e a criatividade são características
do espetáculo. Deixar que o público escolha a trilha sonora e também algumas
composições cênicas, permite que a plateia participe como um norteador do
espetáculo, tornando-a parte da construção do espetáculo . Desta maneira,
Playlist se torna um trabalho único cada vez que for realizado, interagindo de
forma harmônica com um público estimulador.
30/10
(quarta-feira)20h - Ladainha (FRA) - RB&QdP
RB&QdP
é uma poesia, um momento de vida, de mudanças, dúvida, esperança. Tudo para ser
construído, tudo para ser imaginado. A coreografia acompanha o desenvolvimento
de um relacionamento e a construção de um ambiente físico a partir da
regeneração do material. Os figurinos de papel se rasgam em contato uns com os
outros e transformam-se em uma mera máquina, uma tapeçaria, uma nuvem, uma
onda, uma cabine, um casulo.A fragilidade nos figurinos de papel delicado se
estende para o corpo sem armadura, sem proteção nesta obra que mostra a
construção de dois seres em sua jornada individual, e também no encontro.
31/10
(quinta-feira)19h - Cia. Soma - Do papo ao passo
De
caráter informal, Do papo ao passo é uma conversa com o público ilustrada por
danças, figuras e cenas de diferentes espetáculos, na qual a Cia. Soma
compartilha o resultado de sua pesquisa baseada nas danças das manifestações
populares brasileiras. As dançarinas contam o caminho da construção de seu
repertório coreográfico, intercalando falas e cenas, expondo as novas sínteses
corporais criadas a partir do aprendizado e da interseção das danças
brasileiras com outras técnicas de dança, circo e teatro.
TEATRO
LUIZ MENDONÇA
27/10
(domingo)28/10 (segunda-feira)20h - Ebert Ortiz Escéna Contemporánea (MEX) - 33
La ultima cena
Ebert
Ortiz Escena Contemporánea (MEX)Terceira parte da trilogia inspirada no
movimento Pop Art e na obra de Leonardo da Vinci A última ceia, 33 é uma
proposta cênica, dirigida e criada por Ebert Ortiz, que involucra sete
intérpretes num discurso onde a multimídia e o desenho sonoro confabulam para
prender o espectador, o qual se converte em testemunha e cúmplice da traição.
Participam artistas como a cantante Azzul Monraz, o Músico Murcof, e, entre os
intérpretes María Yzabal (México), Nicholas Chávez (Argentina), Roya Carreras
(USA).
TEATRO
APOLO
25/10
(sexta-feira)20h - Cia. Urbana de Dança (RJ) - Eu danço 8 solos
Um dos
pontos de partida deste trabalho surgiu quando um dos dançarinos mencionou;
"De onde eu venho, só pega mulher quem carrega uma arma ou quem dança, Eu?
Eu danço!". A partir daí, foi montada uma série de encontros e workshops
para pensar sobre a importância da dança no contexto de vida de cada um dos
sete dançarinos. Esse resultado, da pesquisa, dos encontros e da montagem
coreográfica, ainda acontece a cada dia. O denominador comum foi a visão da
dança como um motor de vida, que aparece impregnado no espetáculo como um todo.
26/10
(sábado)20h - Hibridus Dança (MG) - Solos hibridus
Solos
Hibridus é um espetáculo de dança contemporânea formado por quatro solos. Entre
eles o Prumo, que é um ato de resistência, que aborda a capacidade de
permanecer de pé. O que fica é um corpo que sacode o tempo, insistindo no
movimento, provocando uma dança de instabilidade, um corpo que não senta, uma
fala que não sai, mas que insiste dançar o desequilíbrio. E o Re-forma, que
implica olhar de novo, se ver, nele e com ele, no lugar em que se encontra.
27/10
(domingo)20h - Por Acaso - Para Josefina
Homenagem
à pianista pernambucana Josefina Aguiar que torna pública a sua história, o seu
amor pelo Recife e sua contribuição para o desenvolvimento artístico cultural
de Pernambuco. Em cena está a vitalidade e a poesia da pianista. O retrato do
artista que completa o instrumento, o despertar do talento e a percepção do
corpo como parte de todo e qualquer instrumento musical.
28/10
(segunda-feira)19h - Qualquer um dos Dois - Para sempre teu
O sujeito
constata-se partido/fragmentado, descrente de complementar-se no outro (traz a
carga dos afetos desfeitos; das juras para sempre esfaceladas), e segue em
direção ao mergulho em si mesmo, para entender que ser completo de si é aceitar
as próprias contradições/traições que o remetem ao mais coerente de si.
30/10
(quarta-feira)20h - Grupo Gira Dança (RN) - Sobre todas as coisas
A
condição humana e suas fragilidades. Quando podemos dizer que somos normais ou
não? O que é normal? O que é anormal? Como sobreviver naturalmente com o
diferente? Até que ponto vão o ser e a sua capacidade de superação e a
incapacidade do outro de aceitação? A condição física é um mero detalhe e a
condição mental é o que muda o homem e o mantém em circunstâncias de alterar o
que lhe parece trágico e frágil. Não existe o frágil, existe um meio que
fragiliza o outro (o ser). Essa é a proposta do espetáculo Sobre todas as
coisas, no qual os bailarinos da Cia. Gira Dança irão contrapor o frágil da
sociedade, o frágil do ser humano ou o meio que o torna assim.
0 comentários:
Postar um comentário